HORIZONTEO mai antenor a nos, teus medosTinham coral e praias...

Paulricar

HORIZONTE
O mai antenor a nos, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e acerraçao
As tormentas pasadas eo mistério
Abria em flor o Longo, e o Sul siderio
Splendia sobre as naus da iniciação
Linha severa da longinqua posta -
Quando a nau se aproxima ergue-se
la encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha:
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E no desembarcar, ha aves, totes,
Onde era só, de longe abstrata linha
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp rança e da vontade,
Buscar na linha fria do honizonte
A árvore, a praia, a tlor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade,
MAR PORTUGUEZ
Omar salgadoquanto do teu sal
Sao lágrimas de Portugal!
Por te cruzarnos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, o mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
PESSOA, F. Mensagem.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. p. 34 e 42.
1. Para a leitura dos poemas, utilize as orientações
do Passo a Passo - Leitura de textos (p. 6).
2. Procure identificar nos poemas os diferentes signifi-
cados do dominio dos mares para os portugueses.
57
A expansão maritima europeia tapiTULO 2​

1 Resposta

Shaday

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