A mudança A gente veio para a cidade e trouxe tudo o que tinha...

Madu

A mudançaA gente veio para a cidade e trouxe tudo o que tinha: latas de plantas, umas cinco galinhas num baú, um banco, camas, guarda-roupa sem porta. Pusemos tudo num caminhão. Um menino meu veio segurando o cachorrinho. O papagaio também veio.
Tinham contado lá na roça que a cidade tem de tudo: trabalho, oficina, hospital, escola, ônibus. Lá onde a gente vivia não dava mais para ficar. Era só capinar, colher, trabalhar para os fazendeiros ganhando uma miséria. Então resolvemos mudar.
Aqui a vida não é fácil. Arranjei trabalho na fábrica e controlo as máquinas. Faço todo dia a mesma coisa, o dia inteiro. Cansa mexer nas máquinas sempre do mesmo jeito, e, se a gente se distrair, fica sem os dedos.
Ganho pouco e tenho de morar onde o aluguel é barato. A casa é bem simples e tem um pedaço de terra onde a gente plantou umas ervas de chá, couve, cheiro-verde. O dinheiro não dá para comprar muita coisa; até os meninos pequenos trabalham. Às vezes penso em voltar para a roça. Mas aqui meus filhos podem estudar, tem um muito esforçado que trabalha no supermercado e já está na oitava série. Na roça a vida é sossegada, tem muita natureza, não tem perigo de assalto. Mas a vida só é boa para quem é dono da terra. Lá a nossa vida não tem esperança nenhuma. Parece que ninguém liga para o povo da roça.

RODRIGUES, Rosicler Martins. “Cidades Brasileiras”. São Paulo. Ed. Moderna – 1992.

Em todas as alternativas, há dois advérbios, exceto: *
A- Ele permaneceu muito calado.
B- Amanhã, não iremos ao cinema.
C- O menino, ontem, cantou desafinadamente.
D- Tranquilamente, realizou-se hoje, o jogo.
E- Ela falou calma e sabiamente.

1 Resposta

EDU.IA

dos eu falo pk e muito grande o texto

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