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1 - Assim como os povos mesopotámicos, os povos indigenas, buscavam explicar através de mitos e lendas fenómenos da natureza. Cite uma lenda ou mito que você conhece
que tenha essa função,​

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otaku5casado

Existem muitas lendas indígenas. Essas histórias fazem parte da cultura de povos de diversos lugares do mundo e ajudam a retratar histórias e crenças desses povos ao longo dos séculos. 

As lendas indígenas brasileiras são muito ricas em detalhes e muitas se confundem com crenças religiosas ou acontecimentos da natureza. Por exemplo, o boitatá, lenda amazônica sobre uma cobra gigante que na verdade é o efeito de ossos de animais mortos em combustão. 

Algumas histórias surgem para explicar o aparecimento de plantas, como a vitória-régia; outras falam sobre alimentos, como a mandioca, e outras tantas ainda citam deuses e forças da natureza.

É comum ver também as histórias sendo utilizadas na educação de crianças, seja por meio de lições de moral ou até do medo. Quase sempre, as lendas retratam histórias de bravos guerreiros e guerreiras, histórias de coragem ou de amizade e união. 

As lendas indígenas ainda ensinam a cuidar bem da natureza, por exemplo. Várias histórias, como as do Saci-Pererê, do Curupira ou da Caipora fala sobre forças que ajudam a proteger a fauna e a flora de caçadores e pessoas mal-intencionadas. 

Caipora

Uma das lendas indígenas mais conhecidas é a da Caipora. O ser é descrito como um índio de pele escura e que se move muito rápido. Seu corpo é coberto de pelos e aparece, geralmente, sem roupas.

Derivado da mitologia tupi-guarani, a palavra Caipora vem do tupi "caapora" , ou seja, habitante do mato. Em algumas regiões o ser é considerado primo do Curupira. 

Diz a lenda que a Caipora é o rei dos animais da floresta e que faz acordos com caçadores sobre suas caças. Aqueles que não respeitam esse acordo é morto pela Caipora.

Ele se move em cima de um porco do mato e carrega consigo uma vara. Acredita-se ainda que a Caipora não gosta de claridade, por isso, para se proteger, os índios andavam com fogo a noite. 

Algumas versões das lendas indígenas sobre a Caipora dizem que ela aparece na maioria das vezes nas sextas-feiras, domingos e feriados, dias em que não se deve sair para a caça. Algumas vezes, pode ser descrito como um ser carnívoro, que devora os caçadores.

Em algumas culturas, acredita-se que a Caipora gosta de fumo. Por isso, caçadores deixam um pouco do fumo nas árvores antes de entrar na mata para caçar. Em algumas regiões a palavra Caipora está associada a má sorte.

Representação da Caipora nas lendas indígenas. (Foto: Wikipédia)

Boto cor-de-rosa

A lenda do Boto cor-de-rosa fala sobre um homem que é, na verdade, um boto. O animal tem o poder de se transformar em um jovem nas festas juninas.

Ele se apresenta com roupas brancas e chapéu. Diz a lenda que o Boto vai até as festas e seduz as jovens solteiras, as convencem de ir a um passeio, onde as leva para o fundo do rio e as engravida.

Pela manhã o Boto volta à forma do animal marinho. Até hoje se usa a expressão "filho de boto” para descrever mulheres com filhos de pai desconhecido.

Vitória-régia

Outra das lendas indígenas mais conhecidas é a que conta a história da vitória-régia. Essa lenda fala sobre a origem da planta de mesmo nome, que é símbolo da Amazônia.

A lenda conta a história da persistente índia Naiá. Na tribo onde a jovem vivia, acreditava-se que Jaci, a deusa lua, transformava algumas das mais belas jovens virgens da aldeia em estrelas. 

O sonho de Naiá era, finalmente, encontrar a deusa e ser transformada em estrela e, por isso, saia todas as noites em busca da deusa. A jovem desejava tanto o encontro que já nem se alimentava.

Certa noite, cansada de andar, Naiá resolveu descansar na beira de um rio, onde viu o reflexo da lua. Sedenta por seu desejo, atirou-se no rio e acabou se afogando. Jaci, a deusa lua, ficou sentida pela morte da jovem e deu a ela uma honra.

Naiá foi transformada em uma estrela diferente de todas as outras, e recebeu o nome de estrela das águas. A vitória-régia possui uma planta perfumada que só desabrocha à noite e, à luz do sol, fica com tom rosa.

Guaraná

Uma das lendas indígenas relata o surgimento do guaraná e seus frutos. Na história, alguns detalhes mudam a depender de onde seria contada, mas fala sempre sobre um jovem menino que foi morto.

A história diz que na tribo dos Munducurucânia, havia um casal com um único filho, muito bom e querido por todos. O jovem era a promessa da tribo. Acreditava-se que ele se tornaria um grande guerreiro.

Então, Jurupari, o deus do mal, ficou com inveja do menino e resolveu lhe tirar a vida. Ele se transformou numa serpente e atacou a criança enquanto este, distraído, colhia frutas.

Então Tupã, rei dos deuses, vendo a tristeza da mãe, mandou que os olhos da criança fossem enterrados. Dali, surgiu o guaranazeiro, cujos fritos tem enorme semelhança com os olhos humanos.

Mandioca

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